Corria,
Ia sem rumo pela noite
A estrada, já deserta, parecia-lhe ainda sim cheia
Cheia de fantasmas das suas lembranças.
O suor escorria-lhe pela face,
Mais pela angústia causada pelas lembranças
do que pelo esforço feito ao fugir delas...
A lua iluminava o céu por detrás de um fino véu de nuvens,
Um céu riscado de giz.
A árvore á beira da estrada descansa,
Mais que isso, convida-a a fazer o mesmo...
Ela senta-se ao seu lado, receosa, cansada...
Os minutos passam
A menina e a árvore não,
Não há mais medo, não há mais pressa...
Não há mais nenhuma lembrança
Menina e árvore permanecem imóveis.
Menina e árvore permanecem um só.
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