Deito-me na gramaOlhos nas nuvens que passam depressaO vento que as sopra anuncia a chuvaQue vai molhar o mundo,Que vai lavar as almas...Que vai se confundir ao meu choroMas que volta de novo pro céu.Respiro fundo entãoE é o vento que sopra as nuvensQue agora invade o meu serE é o vento soprando depressaAs ideias pra que eu possa ver.Não respiro, não ouço, não vejoNão há nada que eu possa fazer,No entanto, me apego ao desejos,sonhos e um novo amanhecer.
Corria,
Ia sem rumo pela noite
A estrada, já deserta, parecia-lhe ainda sim cheia
Cheia de fantasmas das suas lembranças.
O suor escorria-lhe pela face,
Mais pela angústia causada pelas lembranças
do que pelo esforço feito ao fugir delas...
A lua iluminava o céu por detrás de um fino véu de nuvens,
Um céu riscado de giz.
A árvore á beira da estrada descansa,
Mais que isso, convida-a a fazer o mesmo...
Ela senta-se ao seu lado, receosa, cansada...
Os minutos passam
A menina e a árvore não,
Não há mais medo, não há mais pressa...
Não há mais nenhuma lembrança
Menina e árvore permanecem imóveis.
Menina e árvore permanecem um só.