Ao estranho viajante

Caminhando em passos longos
Ou sentado nesta calçada,
Mais não sei teu nome,
Não conheço a tua história
Eu nunca te vi chorar

Quais foram as tuas escolhas, velho amigo?
O que te trouxe até aqui?
E a tua velha paixão, velho amigo?
Eu não sei de onde vieste,
Nem tão pouco aonde queres ir

Se tua alma é viajante,
Ou se aprisionada, como a minha...
Se corres depressa, ou se caminha

Não sei se viste as flores,
Como um dia eu as vi,
Lindas, num dia de sol
E não sei como chegaste aqui.

Se de manhã, ou pela noitinha
Quando pretendes partir?
És mistério, amigo estranho
Que segredos esconde ai?

Sei de ti, um pouco de nada
Sei apenas o pouco que vi
Mais sei que nessa estrada tua,
Dos muitos que te viram
Foram poucos os que entenderam...
Quem tu és, e o que trás em si.

Não te julgo viajante,
sei que és mais do que posso entender,
Pesso apenas viajante
Para que não julgues demais
Quem não julga você.





Hoje eu te vejo...

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